
O Porto de São Sebastião, administrado pela Companhia Docas de São Sebastião (CDSS), deve passar por uma das maiores transformações de sua história. O governo federal e o Estado de São Paulo trabalham juntos para concluir, até março de 2026, o arrendamento do terminal SSB01, que promete quadruplicar a capacidade operacional do porto e reativar seu papel no transporte de cargas do Sudeste.
A estimativa é de R$ 2,5 bilhões em aportes privados, com geração de 5 mil empregos temporários durante as obras e 1,3 mil postos permanentes após a conclusão. O projeto prevê 426 mil metros quadrados de área operacional e um novo píer com dois berços de atracação, o que deve elevar a capacidade para 4,3 milhões de toneladas por ano — um aumento de 187% em relação ao volume atual.
O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, visitou o porto na terça-feira (21) para acompanhar os preparativos da licitação. Segundo ele, o Tribunal de Contas da União (TCU) deve analisar e aprovar o processo ainda este ano.
“São Sebastião volta ao mapa portuário nacional com eficiência e sustentabilidade. O arrendamento vai atrair grandes investidores e ampliar a competitividade do estado”, afirmou o ministro.
Com um dos canais naturais mais profundos do Brasil, o porto é capaz de receber navios de grande calado sem necessidade de dragagem constante — vantagem que reduz custos e aumenta a eficiência operacional.
De janeiro a setembro, o terminal movimentou 1,12 milhão de toneladas, com destaque para barrilha, malte, trigo, açúcar e equipamentos industriais.
Para o presidente da CDSS, Ernesto Sampaio, o porto vive um novo ciclo.
“O Porto de São Sebastião voltou a ser olhado pelo setor privado como uma alternativa viável e sustentável. O foco é unir eficiência e responsabilidade ambiental”, afirmou.